O presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira, 11, antes de participar de
evento sobre Agronegócio na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp), que se a reforma da Previdência não for aprovada, vai inviabilizar o
futuro do Brasil e de investimentos em Saúde, Educação, Segurança e de milhões
de crianças.
"A não votação da Previdência vai inviabilizar o futuro
do Brasil, o futuro de investimentos em Saúde, Educação e Previdência e o
futuro de milhões de crianças que estão aí precisando melhorar a qualidade do
ensino, saneamento e postos de saúde de melhor qualidade. Tudo que se faz
projetando o futuro dos brasileiros passa pela Previdência", comentou o
parlamentar.
Maia voltou a bater na tecla da necessidade de se reformar
não só a Previdência, mas todo o Estado Brasileiro. "Você tem aí gastos
obrigatórios... o Orçamento quase 100% comprometido, nunca sobra para
investimentos. Então o nosso papel é construir condições para que União,
Estados e municípios possam voltar a investir na melhoria da qualidade de vida
das pessoas. E se a reforma não for aprovada nesse ano esse assunto não sai da
pauta de jeito nenhum", disse, acrescentando que não gostaria que
acontecesse com a União e os demais Estados e municípios brasileiros o mesmo
que aconteceu com o Rio de Janeiro, onde os funcionários públicos estão com
seus salários e aposentadorias atrasados há muito tempo.
Ele afirmou ainda que, apesar de os funcionários públicos não
entenderem ou aceitarem, a reforma da Previdência vai protegê-los. "Hoje,
olhando para a próxima terça-feira, não é fácil votar esta matéria, mas como eu
disse, discutir esta matéria hoje era impossível há seis meses, mas pela sua
urgência vamos continuar discutindo e tentar criar as condições para votá-la
ainda neste mês.
O deputado disse assegurar que seu partido, o DEM, vai
garantir votos pela reforma da Previdência. "O DEM, você pode ter certeza,
vai garantir como garantiu em todas as votações de reforma sua grande maioria.
Eu consigo convencer meus colegas da importância da matéria", comentou. De
acordo com ele, se dos 28 votos do DEM 25, 26 votarem a favor não há
necessidade de se fechar questão em torno da reforma.
Perguntado sobre se a reforma da Previdência não poderia ser
prejudicada pelo costumeiro esvaziamento do Congresso depois da votação do
Orçamento, Maia disse que deste ano para o próximo o déficit previdenciário
crescer de R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões.
"Se deixarmos a Previdência para o próximo presidente
serão mais de R$ 100 bilhões. O tempo é curto, mas a inviabilização do Estado
brasileiro está na nossa porta. Com tempo curto temos que trabalhar
dobrado", disse Maia, acrescentando que, se necessário, vai segurar os
deputados em Brasília para tentar votar a reforma ainda neste ano. Com
informações do Estadão Conteúdo. NM
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