Foto: Ricardo Stuckert |
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu,
nesta terça-feira (12) à decisão da Justiça de marcar para o dia 24 de janeiro
o julgamento do ex-presidente no processo criminal do caso triplex na Operação
Lava Jato. O advogado do petista, Cristiano Zanin Martins, reiterou sua
perplexidade diante do que considera celeridade da ação - em primeiro grau,
Lula pegou nove anos e meio de pena, imposta pelo juiz Sérgio Moro, símbolo da
Lava Jato, em 12 de julho. "Até agora existia uma discussão sobre uma
condenação imposta ao ex-presidente Lula em primeira instância sem qualquer
prova de sua culpa e desprezando as provas que fizemos da sua inocência",
declarou Zanin. "Agora temos que debater o caso também sob a perspectiva
da violação da isonomia de tratamento, que é uma garantia fundamental de
qualquer cidadão." No dia 23 de agosto chegou ao TRF4 a apelação da
defesa de Lula contra a sentença de Moro. No início de dezembro, o
desembargador Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal, concluiu seu voto,
mas não o tornou público. Nesta terça-feira o desembargador Leandro
Paulsen, revisor, pediu data para entregar seu voto. O julgamento foi marcado
para 24 de janeiro. "Esperamos que a explicação para essa tramitação
recorde seja a facilidade de constatar a nulidade do processo e a inocência de
Lula", desafia o defensor Cristiano Zanin Martins. "Estamos
aguardando os dados que pedimos à Presidência do Tribunal sobre a ordem
cronológica dos recursos em tramitação. Esperamos obter essas informações com a
mesma rapidez a fim de que possamos definir os próximos passos."Por Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo | Estadão Conteúdo
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