Foto: Gustavo Lima / Agência Brasil |
O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) cobrou nesta
quinta-feira (9) explicações no plenário da Câmara sobre os bilhetes
apreendidos pela Polícia Federal na mesa de um executivo da Camargo Corrêa que
citam o ex-prefeito de Salvador (1997-2005) e dão indícios de um esquema
envolvendo o consórcio Metrosal para fraude da licitação do metrô de Salvador.
A lembrança do caso ocorre no dia em que o tucano visita o metrô de Salvador,
acompanhado do ministro das Cidades, Bruno Araújo, e do prefeito ACM Neto. Os
bilhetes, encontrados na mesa do executivo Saulo Tadeu Vasconcelos, foram
anexados a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) que acusa
sete representantes de empreiteiras por formação e participação de cartel. Uma
das mensagens afirma: “Rosa/Roberto 1.Gestionar junto ao Baiardi10 para
contactar o Pref/SSA para consolidar a desclassificação”. Os procuradores citam
a menção a Imbassahy para ilustrar que o grupo de construtoras atuou para
garantir a desclassificação do consórcio TransBahia, cuja proposta era mais
barata. “Para a desclassificação da proposta mais barata (a do consórcio
TransBahia), foi fundamental a estratégia traçada em 06/07/1999 pelos
denunciados ligados ao consórcio METROSAL (fls. 650- 652 e 1420-1422), a respeito
de ações a serem adotadas perante a Comissão de Licitação da Prefeitura de
Salvador, o que incluía a preparação de um relatório por um certo Renato e a
realização de lobby perante o Secretário Municipal Ivan Barbosa, a Comissão de
Licitação , a CBTU e a utilização de um “Padrinho””, apontam os
procuradores. Na Câmara, Solla classificou a visita de Imbassahy como “uma
ofensa ao povo de Salvador”. Depois de tanto mal que fez, querer agora pisar no
metrô que ele tanto prejudicou ao, segundo apontam os indícios colhidos pelo
MPF, participar do conluio que permitiu um sobrepreço de R$ 1 bilhão e um
atraso de uma década. Depois que o governo do estado destrava a obra de maneira
honesta e competente, ele deveria se sentir envergonhado de agora voltar para querer
aparecer”, criticou. A investigação sobre o pagamento de propina e posterior
indiciamento dos envolvidos foi arquivada após a anulação da Operação Castelo
de Areia.
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