Carlos Miranda, apontado pelas investigações da Lava Jato
como principal operador financeiro do ex-governador do Rio Sérgio Cabral,
prestou depoimento nesta segunda-feira (11), ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara
Federal Criminal, responsável pela força-tarefa em primeira instância no Estado
fluminense.
Segundo Miranda, ele e Wilson Carlos, ex-chefe da Secretaria
de Governo, e Regis Fichtner, ex-secretário da Casa Civil, recebiam, cada um, a
quantia de R$ 150 mil, mensalmente, para operar o suposto esquema de propina
montado pelo peemedebista.
"Nós três recebíamos R$ 150 mil como salário. Carlos
Bezerra [apontado pelo Ministério Público como auxiliar de Miranda no
recolhimento de propinas], uns R$ 30 mil, R$ 40 mil", disse.
Ainda conforme o delator, cabia a Wilson Carlos
as tratativas e acordos do governo com os empresários, enquanto ele e
Carlos Bezerra eram responsáveis por recolher e distribuir o dinheiro.
Regis Fichtner, por sua vez, cuidava da estrutura da propina
dentro do governo, pois era o homem de confiança de Cabral. Miranda também
afirmou que todo o montante seguia para os irmãos Marcelo e Renato Chebbar, que
guardavam ou enviavam as quantias para o exterior.
A audiência desta segunda tem como foco os pagamentos de
propina relacionados à empresa Carioca Engenharia.
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